sábado, 13 de outubro de 2007

Portugal é um país cristão


Portugal é uma terra de cristãos. A afirmação é controversa? Vejamos:

Desde o séc. IV, a Igreja Cristã, com o seu papa sedeado em Roma, conduz a religiosidade dos crentes, através de concílios definidores de doutrina.

Numa época de grande religiosidade, como foi toda a Idade Média, o poder da Igreja era imenso, porque todas as comunidades das aldeias vilas e cidades, em feudos e regiões, se agregavam sob a força do divino e da crença num Deus único, redentor e pai, omnipotente, criador do Céu e da Terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. E a crença estendia-se a Jesus Cristo, filho único de Deus, gerado e não criado, consubstancial ao Pai e nascido da Virgem Maria.

Esta essência da fé cristã, com as particularidades subtis, definidas nos concílios da Igreja, era indiscutível na Idade Média e quem a colocasse em dúvida, por actos ou palavras, era considerado hereje, julgado sumariamente e condenado, muitas vezes à morte, como aconteceu nos anos da Inquisição.

No ano 800, no dia de Natal, data de nascimento de Cristo, Carlos Magno, o grande rei dos francos que se tornou o conquistador de todo o território que hoje é a Europa, foi coroado imperador, na basílica de S. Pedro, em Roma, pelo Papa. O acto, simbólico, determinou uma objectiva submissão do poder temporal ao religioso, cristão e papal.
Em Portugal, séculos depois, já na época das cruzadas de cristãos, para a defesa dos territórios do Médio Oriente, onde nasceu Cristo e a cristandade, nasceu também Portugal, como reino independente. Em 1143, Portugal definiu as suas fronteiras e demarcou-se de outros povos, tendo sido reconhecido como tal pelo Papa.

Durante todo o seu percurso histórico, Portugal agigantou-se aos olhos de outros povos, através de feitos singulares. Um deles, foi a luta pela independência, em relação aos vizinhos de Castela, também cristãos e católicos, mas com apetites de expansão territorial. Numa tarde quente de Agosto de 1385 acabaram, porém as veleidades do povo vizinho e irmão. Com a batalha de Aljubarrota, a vitória da táctica sobre a força, contou com a ajuda dos crentes em Deus e na Virgem Maria. Nuno Álvares Pereira, o condestável do rei, foi o general e herói da nossa independência. Depois disso, tornou-se monge, e foi beatificado pela Igreja em 1918. A sua Fé em Deus e na Virgem, acompanhado pelo rei da época, D. João I, levaram à edificação de uma obra mestra da arquitectura gótica e do simbolismo português: o mosteiro da Batalha, erigido em honra de Santa Maria, da Vitória, num agradecimento explícito pela ajuda divina.

A construção, religiosa e destinada a religiosos, é uma das maravilhas de Portugal, um dos seus símbolos identitários e uma das realizações portuguesas mais enraizadas na tradição cristã.

Em seguida a este empreendimento de vulto, em marcha guerreira pela independência desta terra onde vive este povo, apareceu a época de ouro das Descobertas e do desenvolvimento português.

Quando a reconquista do território terminou, no início do séc. XIII, os reis de Portugal , avançaram para o Norte de África, para, além do mais, cristianizarem os mouros que nos tinham invadido antes. A tarefa, não foi bem sucedida, mas permitiu o desenvolvimento de ideias e escolas de navegação e ciência, avançadas para a época, e que nos permitiram chegar à Índia, por mar, antes de outros o terem feito. Foi a ínclita geração de D. João I e a Educação concreta e os saberes concretos, das universidades da época e da escola náutica de Sagres, sem conceitos estrambólicos de pedagogia, que nos permitiu ficar a saber mais e melhor que outros e daí tirar vantagens práticas.

Como é que se fizeram as viagens por mar, nos cinco continentes? Com caravelas inventados por nós, as naves lunares desse tempo. As caravelas, traziam nas velas desfraldadas ao vento, a cruz de Cristo, bem visível para quem as visse pela primeira vez .

Foi esse símbolo, acompanhado de pregadores e missionários, que permitiu expandir a Fé cristã em regiões remotas, onde se edificaram feitorias, colónias e influências, nos cinco continentes, para onde partiram outros, onde ficaram durante séculos, em convivência pacífica.


2 comentários:

João Aziomanoris disse...

Muito bom post parabéns! Sem sombra de dúvida Portugal é um país ímpar em toda a história da humanidade, os missionários portugueses que chegaram ao inacessível Tibete, da altura, são prova da coragem, força de ideais e a presença do Espírito Santo, na nossa missão civilizadora, muito menos bárbara que todas as outras! A reconquista Portuguesa é disso paradigma em comparação com a espanhola! Levamos o cristianismo a todos os cantos do mundo e novas descobertas de história e antropologia, estão cada vez mais a provar que Portugal foi sem dúvida o 1º país ocidental a chegar a locais como: Austrália, Zova Zelandia, Japão, China, américas através de Cristovão Colombo, até na antártida e nas ilhas da oceânia quse na costa do Chile como a Ilha da Páscua. Indícios há de que antes ainda da ida de Colombo, Cavaleiros de Cristo já tinham estado em contacto com as civilizações pré-colombianas da altura, e teriam chegado América através de portos que possíuam na costa atlântica Francesa.

Caro amigo vejo que está bem documentado e partilhamos algumas ideias, deixo-lhe aqui um e-mail meu que não o principal, mas que é público que serve também de MSN: aziomanoris_corp@hotmail.com. Se tiver interesse em trocar ideias e artigos que não aqui na blogosfera, aqui está o meu contacto, para torcarmos e-mails.

Um abraço e bom fim de semana.

josé disse...

Obrigado. Mi casa es su casa, ou seja, este blog.